Casos de esporotricose acendem alerta em São Tomé das Letras; saiba o que é e como se prevenir da doença
Segundo a prefeitura, em 2024 foram registrados 32 casos da zoonose em animais; humanos também foram diagnosticados. Doença causada por fungo atinge animais e...

Segundo a prefeitura, em 2024 foram registrados 32 casos da zoonose em animais; humanos também foram diagnosticados. Doença causada por fungo atinge animais e humanos em São Tomé das Letras A Prefeitura de São Tomé das Letras (MG) está monitorando os registros de casos de esporotricose, após sete animais terem sido diagnosticados com a doença neste ano. Dos sete, dois eram animais de rua e precisaram ser sacrificados. 📲 Participe do canal do g1 Sul de Minas no WhatsApp Segundo a administração, só em 2024 o município teve 32 casos confirmados, 22 deles em animais domésticos. Cinco casos em humanos também foram registrados. Casos de esporotricose acendem alerta na Prefeitura de São Tomé das Letras; saiba o que é e como se prevenir da doença Reprodução/EPTV Como a maior parte dos animais contaminados são domésticos, a atenção aos cuidados com eles deve ser redobrada. A Vigilância Sanitária de São Tomé informou que está acompanhando os casos e ressaltou que os tutores têm responsabilidades sobre os animais. Em caso de suspeita da doença, o responsável deve providenciar o cuidado e não negligenciar a situação, pois, caso isso aconteça, ele pode responder por infrações do código civil. Sobre a doença A esporotricose é classificada como uma zoonose, ou seja, é uma doença transmitida de animais para humanos. Em entrevista à EPTV, afiliada Rede Globo, a médica veterinária Luciana Forte explicou como a doença é transmitida (veja o vídeo no ínicio da matéria). “A doença é causada por um fungo, do gênero Sporothrix. Ele é encontrado nas madeiras, nas árvores, na própria terra, e o gato é o maior transmissor porque os hábitos do gato estão relacionados com a natureza. Então eles acabam arranhando esses locais e transmitindo através do contato com os humanos, mas apenas por arranhões e mordidas. Existe tratamento. É um tratamento longo, através de antifúngicos por via oral. Tem que ter muita paciência, tem que isolar esse animal contaminado porque ele pode passar [a doença] durante o tratamento para outros animais”, detalhou a veterinária. Médica Veterinária explica o que é a esporotricose Reprodução/EPTV Embora a esporotricose seja conhecida como a “doença do gato”, ela pode afetar cães e outros animais. Os gatos são os principais transmissores porque o fungo penetra facilmente em suas unhas e dentes. Eles também desenvolvem lesões com alta carga fúngica, o que os tornam mais contagiosos. Em humanos, os primeiros sinais da doença surgem em forma de lesões, semelhantes a uma picada de inseto, evoluindo para úlceras. Nos casos graves, o fungo pode afetar os pulmões, causando tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre. O tratamento é oferecido pelo SUS e pode durar de três meses a um ano. Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas