Gari morto por empresário: delegada segue na função mesmo sendo investigada por uso de arma pelo marido, diz polícia
O empressário Renê da Silva Nogueira Júnior, casado com a delegada Ana Paula Balbino Nogueira, foi preso suspeito de atirar e matar o gari Laudemir de Souza ...

O empressário Renê da Silva Nogueira Júnior, casado com a delegada Ana Paula Balbino Nogueira, foi preso suspeito de atirar e matar o gari Laudemir de Souza Fernandes Reprodução A delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, esposa de Renê da Silva Nogueira Júnior, suspeito pela morte do gari Laudemir de Souza Fernandes de 44 anos, segue na função mesmo sendo investigada por uso de arma pelo marido. De acordo com a Polícia Civil, até o presente momento, não há indicação para o afastamento. Laudemir foi baleado enquanto trabalhava na coleta, após o suspeito exigir que o caminhão de lixo desse espaço para que ele passasse com seu carro, um veículo elétrico do modelo BYD. Depois de ameaçar a motorista do caminhão, o suspeito desceu do carro e disparou contra os garis, atingindo Laudemir. O suspeito foi preso horas depois. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MG no WhatsApp Segundo o boletim de ocorrência registrado às 17h40 no dia 11 de agosto, ele negou o crime, mas afirmou que a arma usada pertence à esposa dele, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira. Em entrevista coletiva nesta terça-feira (12), a polícia informou que a delegada foi levada até a sede da corregedoria, onde foi ouvida. Duas armas foram recolhidas na casa do casal: uma de uso particular e outra institucional. "A arma de fogo de uso particular está vinculada e apreendida aos autos do inquérito policial, que investiga o crime de homicídio, e a arma institucional está vinculada ao inquérito policial que foi instaurado na corregedoria para apuração de eventual infração por parte da servidora", afirmou Saulo Castro, delegado e porta-voz da Polícia Civil. Quem é o empresário que atirou em gari em briga de trânsito Em depoimento, Ana Paula afirmou à polícia que o marido não tinha acesso ao armamento e que desconhecia qualquer tipo de envolvimento dele no crime. "Estamos em fase inicial de investigação. Sendo demonstrado qualquer tipo de responsabilidade, a servidora será devidamente penalizada", concluiu o delegado. Subcorregedoria abre inquérito A Subcorregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais abriu uma investigação e um procedimento disciplinar para apurar a conduta da delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira. O objetivo da medida a é apurar a forma como as armas, registradas em nome da delegada, estavam armazenadas na casa dela. A polícia quer saber se houve omissão de cautela e prevaricação por parte da delegada por ter permitido que o marido dela, que não tem autorização para porte de arma nem arma registrada em seu nome, utilizasse armamento da mulher. Ana Paula não estava no carro com o marido na hora do crime. A omissão de cautela, prevista no Estatuto do desarmamento, refere-se à falta de cuidado na guarda de armas de fogo, permitindo que pessoas não autorizadas tenham acesso a elas. A prevaricação ocorre quando um funcionário público retarda, omite ou pratica indevidamente um ato para satisfazer interesses pessoais. Empresário ameaçou atirar na motorista do caminhão A mulher que dirigia o caminhão de lixo quando Renê exigiu que fosse aberto caminho passar ele com seu carro afirmou que havia espaço suficiente na rua. O empresário teria se irritado e ameaçado atirar na motorista. Os garis tentaram intervir e pediram que ele se acalmasse. "O condutor falou com ela: 'se você esbarrar no meu carro, vou dar um tiro em você. Você duvida?'. Ela entrou em choque, e os coletores começaram a falar pra ele não fazer isso. Foi quando um deles, o Laudemir, levou um tiro", contou o sargento da Polícia Militar, Thiago Ribeiro. A vítima foi socorrida pela Polícia Militar e levada em uma viatura para o hospital, onde morreu. A prefeitura informou que Laudemir prestava serviços por meio de uma empresa terceirizada de limpeza e afirmou que está prestando apoio à família dele. LEIA TAMBÉM: Corpo de gari morto por empresário é velado em igreja evangélica na Grande BH Empresário confessa que usou arma da esposa delegada para matar gari Suspeito é casado com delegada e foi detido em academia horas após o crime Cristão, patriota e marido de delegada: saiba quem é o empresário suspeito de matar gari Polícia apura conduta de delegada casa com empresário que matou gari 'Morreu fazendo o que gostava': quem era o gari assassinado em BH 'Morreu fazendo o que gostava': quem era o gari assassinado a tiros em BH Os vídeos mais vistos do g1 Minas: